domingo, 8 de fevereiro de 2015

ABRO OS BRAÇOS

P'ra que quero um coração
Se dentro deste meu ser
Eu tenho a condenação
De sem ti ter que viver

P'ra que quero a alegria
Se não vejo o teu olhar
E fico nesta agonia
De não te poder amar

P'ra que quero a esperança
Se dentro do peito meu
Chora sempre a lembrança
Do sabor dum beijo teu

P'ra que quero eu escrever
Pois não sei se a seguir
Acaso me virás ler
Ou se rasgas meu sentir

P'ra que quero a solidão
Se no meio deste frio
Deixei secar o meu rio
Mas os sonhos esses não

Abro os braços à ternura
Porque a saudade só quer
Vestir a tua loucura
No meu corpo de mulher.