Bate leve, levemente
Na minha alma o sentir
Se bate tão docemente
Decerto que vai abrir
Bateu e até murmurou
Palavras que sem saber
Que a porta se fechou
Porque não as queria ler
Com a dor acaricia
A boca seca da vida
Mas a porta se desvia
Da rua anda perdida
Corre, grita pela rua
Bate com intensidade
Mas, a minha alma nua
Se vestiu com a saudade
Decide então jogar
A última dor que perdura
P'ra conseguir afogar
Neste mar de amargura
Bate leve, mas que importa
E continua a bater
A minha alma está morta
E, já não há outra porta
Onde me possa esconder.