quarta-feira, 6 de novembro de 2013

DESTE-ME






















Deste-me sonhos eu sei
Que nunca ousei sonhar
E agora que eu sonhei
Queres os sonhos roubar

Deste-me alma e vida
Delírios para beber
Agora me sinto perdida
Sem razão para viver

Deste-me um beijo enleado
Nas mágoas deste meu ser
Que abraça amargurado
O jardim do meu viver

Deste-me um vazio p'ra eu
Não poder sequer sonhar
Não sentir um beijo teu 
E não te poder amar

Deste-me o silêncio em grito
Mas só eu o pôde ouvir
E por vezes acredito
Que é p'ra calares o aflito
Do louco do teu sentir.